Mercado financeiro, indústria química, bens de consumo, automotiva, telecomunicações, energia, turismo, varejo, saúde ou educação. Não importa o setor em que sua empresa está inserida, provavelmente ela vinha enfrentando desafios quando o assunto era interpretar dados para obter informações relevantes para tomar melhores decisões de negócios.
Até bem pouco tempo atrás, grande parte do mercado ainda não possuía iniciativas concretas em relação à big data. Além disso, também não estava inserido na jornada de transformação digital. Relatório publicado em janeiro de 2019 pela EY, Maturidade das Empresas na Era da Transformação | 2018, reforçava essa dinâmica apontando que: “apesar de haver uma boa percepção sobre os riscos e as oportunidades da Era da Transformação, a maior parte das empresas ainda não dedica boa parte da sua agenda a este âmbito.”
Contudo, com a chegada da COVID-19, no início de 2020, o cenário começou a mudar. E se antes digitalizar era uma opção, passou a ser inevitável para muitas empresas. Mesmo com a necessidade imposta de se transformar, isso não pode e nem precisa acontecer de maneira desorganizada. Ainda que possa parecer complexo, não podemos deixar a pandemia ser o agente de transformação digital – ela pode ter sido o gatilho, mas não precisa ser seu condutor.
Uma das saídas mais eficazes é implementar novos modelos de negócios que contem com estratégias de gestão de dados e inteligência de mercado avançada para embasar a tomada de decisões. Soluções analíticas suportadas por inteligência artificial podem ser fortes aliadas e oferecer vantagem competitiva durante e no pós-crise. Listei alguns insights importantes para aqueles que estão trilhando seus passos rumo à transformação digital em meio a tantas mudanças.
O que é inteligência de mercado?
Primeiro, é importante esclarecer seu significado. Ainda que muito falado nos ambientes corporativos e fundamental para o planejamento estratégico, o conceito de inteligência de mercado nem sempre está claro. Trata-se de uma disciplina de marketing que consiste em gerar informações relevantes ao negócio. Ela se baseia em dados provenientes de diversas fontes, como mercado, público-alvo, comportamento de clientes, tendências, concorrência, marketing ou vendas.
Muito bonito na teoria. Na prática, o desafio está em como lidar com a enxurrada de dados disponíveis. Segundo o Gartner, hoje são movimentados cerca de 2,2 milhões de terabytes em dados diariamente, com previsão que neste ano chegue a 40 trilhões de gigabytes movimentados por dia! É uma quantidade gigantesca. Por isso, é imprescindível contar com um time de profissionais analíticos e especializados na área, além de bons parceiros experts em ciência de dados.
O papel do cientista de dados na inteligência de mercado
Além de estruturar todos os dados de forma que eles façam sentido quando reunidos em uma única base, o papel do cientista de dados passa por realizar estudos abrangentes e criteriosos, utilizando técnicas computacionais e estatísticas avançadas, como Machine Learning, e gerando insights para as diferentes áreas da empresa. Uma série de questionamentos podem ser respondidos com a técnica adequada, como:
- Em que área a empresa deve investir mais recursos?
- Quais ações de marketing geram melhores resultados?
- Em quais segmentos de mercados deve tentar se infiltrar?
- Quem são os clientes atuais e qual o perfil dos potenciais?
- Há algum padrão nas compras dos melhores clientes?
- Quais as capacidades competitivas de outros players da indústria?
- Em quais segmentos demográficos a empresa deve impulsionar determinados produtos?
- Qual perfil de cliente representa maior risco de crédito à empresa?
Benefícios da Ciência de Dados aplicada à inteligência de mercado
Evoluir o processo de tomada de decisões dentro do ambiente corporativo, saindo do método empírico em direção ao método analítico traz inúmeras vantagens aos negócios, como já detalhamos por aqui. Neste contexto, a inteligência de mercado estabelece-se como um importante subsídio para esta evolução.
A ciência de dados possibilita detalhar dados decisivos à empresa. Isso porque permite compreender profundamente a dinâmica de mercado atual e futuro, partindo dos inúmeros dados coletados e analisados. Além disso, modelos analíticos trazem mais assertividade na tomada de decisões. Eles também oferecem as melhores alternativas a serem consideradas num dado momento e contexto (por meio de soluções prescritivas) ou a melhor previsão possível (com as soluções preditivas).
A UniSoma tem uma equipe de profissionais especializados em ciência de dados. Assim, vem trabalhando em inúmeras aplicações que possibilitam às empresas acessarem informações críticas capazes de turbinar a inteligência de mercado e, consequentemente, ajudar em definições estratégicas, ampliando a vantagem competitiva e a geração de valor.
Sua empresa só tem a ganhar com a adoção de metodologias analíticas no planejamento e execução de estratégias. A dotar soluções com inteligência artificial para suportar a tomada de decisão em um momento crítico como o pós-pandemia será determinante para o seu negócio. Que tal aplicar ciência de dados e utilizar a inteligência de mercado a favor da sua empresa?
Michel Duran é Gerente de Marketing e Vendas da UniSoma
É Bacharel em Matemática Aplicada e Computacional pela Unicamp e possui MBA em Gestão de Empresas pela ESPM.
*Conteúdo atualizado em 23.06.2020*