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Em um momento em que respostas rápidas e assertivas têm sido cada vez mais fundamentais para que as empresas se tornem mais competitivas, a UniSoma participou de um webinar que abordou a importância da Jornada analítica em Supply Chain.

 

É fato que as aplicações mais comuns de Analytics nos negócios são dos modelos preditivos para demanda e prescritivos para otimização operacional. Mas por onde começar? Como entender o nível de maturidade atual das empresas e como definir a melhor estratégia para evolução?

 

Foram essas (e outras) perguntas que Luciano Moura, nosso diretor Comercial buscou responder nesse encontro online promovido pela Ciclo Marketing, do qual também participaram executivos da área de logística, supply chain e planejamento, todos clientes da UniSoma.

 

 

Jornada analítica: questão de urgência

Ao introduzir a temática, o diretor comercial da UniSoma, Luciano de Moura, mostrou quão urgente é a jornada analítica para as empresas. Ela é parte importante do movimento de transformação digital e se apoia em metodologias de inteligência computacional e de ciência de dados para agilizar análises e dar suporte em decisões em toda a cadeia de valor.

 

Como toda transformação significativa de negócios, demanda foco, energia, engajamento, novas formas de pensar, novos paradigmas e, também, investimentos. Mas a proposta de entrega do Analytics compensa todos esses esforços, porque transforma o ambiente em que as decisões são tomadas. Elas deixam de ser guiadas de maneira empírica, com base apenas na experiência e feeling dos decisores, e passam a ser decididas com base em dados e políticas de ação mais palpáveis.

 

E o Analytics possibilita que os gestores, que conhecem do mercado e do negócio, deixem de concentrar esforços manipulando dados e fazendo cálculos complexos. Assim, ganham tempo para conjecturar cenários e ter respostas mais assertivas.

 

A maturidade analítica de cerca de 500 empresas

Para trazer conteúdo relevante aos inscritos no webinar, a UniSoma aproveitou o momento de inscrições para o evento online e solicitou que os interessados respondessem duas perguntas: a primeira sobre a percepção do estágio atual da maturidade de Analytics e a segunda sobre qual deveria ser a prioridade de desenvolvimento no tema dentro da empresa. Foram mais de 500 inscritos, o que gerou insumo para uma análise sobre os perfis das empresas participantes.

 

Sobre a primeira pergunta, que relacionava à percepção do estágio de maturidade analítica da empresa que ele representava, 70% dos que responderam à pesquisa avaliam que em suas companhias a maturidade de Analytics está de moderado para baixo. “Há algumas poucas iniciativas isoladas, o que mostra que temos um longo caminho a percorrer nessa jornada”, diz Luciano.

 

E para promovê-la, é preciso que sejam consideradas ações em algumas dimensões:

> processos mais automáticos e que demandem menos interação humana;

> pessoas com cultura de Analytics, de experimentação, de deixar de executar para analisar;

> ferramentas com base em Analytics, com inteligência computacional para dar suporte a essas decisões;

> dados que precisam ser tratados com olhar de governança, estar acessíveis e com qualidade para dar suporte às decisões.

 

O segundo questionamento da pesquisa, sobre qual deveria ser a prioridade para evoluir na maturidade analítica, evidenciou-se que existe uma certa trilha comum para ser seguida.

 

Em geral, as empresas que se declararam em um nível mais baixo de maturidade responderam que precisam investir em pessoas; as que estão em nível moderado precisam transformar os processos; e aquelas em nível alto têm que investir em dados e melhorar as ferramentas.

 

Na sequência do webinar, três executivos de empresas com projetos de Analytics desenvolvidos pela UniSoma falaram sobre como tem sido a jornada analítica no seu negócio e quais resultados atingiram até agora. Confira:

 

Tereos: R$ 25 milhões de rentabilidade adicional em uma única rodada

A Tereos, empresa de agronegócio e álcool e açúcar, iniciou a jornada analítica há quatro anos com uma modelagem que busca identificar insights em todas as variáveis que determinam a produtividade do canavial. O foco é a produção de mais açúcar por hectare ao menor custo possível.

 

Segundo Carlos Simões, diretor de Supply Chain e Tecnologia da Tereos, a jornada analítica da companhia se dividiu em quatro blocos: S&OP, produção agrícola, área comercial e área industrial.

 

Simões explica que o S&OP era feito de forma tradicional, em Excel. “Havia muito tempo investido, muito conhecimento empírico e extrema dificuldade em calcular cenários complexos. Éramos incapazes de correlacionar todas as variáveis de decisão do que vender, quando vender e como ajustar o mix de produção: etanol, açúcar refinado para o mercado interno ou bruto para o mercado externo.

 

O projeto de modelar um otimizador, em 2016, tratava de 1,3 milhão de variáveis, com respeito a 70 mil inputs restritivos de todo o processo. De lá para cá, foram desenvolvidos modelos mais complexos. O primeiro módulo foi da industrialização até a distribuição; o segundo, da logística de matéria-prima. Este último modelo ficou mais complexo: 3,2 milhões de variáveis, 600 mil inputs e tempo de 2 a 6 horas para rodar cada cenário, de maneira integrada”.

 

Questionado sobre os benefícios, o executivo contou que 2020 foi um ano bastante dinâmico em termos de preço de mercado e produtividade, o que fez com que o otimizador fosse rodado com muita frequência.

 

Em particular, foi feita uma rodada importante de locação de cana para o final da safra: após 6 horas de rodagem do otimizador, o resultado foi de R$ 25 milhões de rentabilidade adicional ao que seria feito tradicionalmente.

“Não preciso nem dizer que investimento em inteligência analítica e otimização tem um payback indiscutível, desde que sejam respeitados a qualificação de pessoas, dados confiáveis, calibrações bem feitas e engajamento de toda a equipe”, finaliza.

 

Eldorado Brasil: jornada começou há um ano

Já a jornada analítica da Eldorado Brasil é mais recente, começou há um ano, e está em fase embrionária – como diz o próprio gerente-geral de Logística e Operações, Flávio Costa. Mas as perspectivas são grandes.

 

O principal desafio da Eldorado Brasil, na logística da celulose, é retirar a matéria-prima da linha de produção e entregar para o cliente final ao menor custo possível, levando em consideração que 90% da produção é exportada: 48% para a Ásia, 15% para a Europa, 20% para os EUA e o restante para a América Latina. Quanto melhor for o custo competitivo e entrega no prazo, maior a rentabilidade para a companhia. E o fato de não ter 100% certeza sobre o custo foi o que motivou a implantação da jornada analítica.

 

“Ainda estamos em um projeto inicial e estamos desenvolvendo uma cultura de Analytics na empresa. Não apenas para quem vai utilizar a ferramenta e identificar novos cenários, mas para o time comercial também”, conta Flávio Costa.

 

O processo teve início no S&OP para aculturar as equipes que estão no exterior, reduzir o Excel e começar a usar o sistema. O segundo passo foi disponibilizar as informações para um otimizador e o terceiro será filtrar a operação e depois definir caminhos em reuniões estratégicas.

 

Kroton: analytics na definição da carga horária docente

Engana-se quem pensa que a jornada analítica é efetiva apenas no Supply Chain do segmento industrial e do varejo. E o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Kroton, Felipe Donato, comprovou isso.

 

A Kroton Educacional é uma empresa do ensino superior e faz parte do Cogna, maior grupo de educação do País. Atualmente o grupo trabalha com dois modelos: um focado no ensino a distância e outro com unidades próprias e que concentra grandes marcas, como Anhanguera, Pitágoras, entre outras.

 

Como é uma empresa com mais de 300 mil alunos presenciais — sem contar os de EaD —, mais de 170 unidades, diversos cursos, milhares de disciplinas e vários turnos, há muitas particularidades e grande complexidade na cadeia de prestação de serviços.

E justamente por isso a Kroton implantou o Advanced Analytics há cinco anos, em etapas que vão desde a captação dos alunos até a cobrança dos discentes que estão inadimplentes após formatura ou evasão. Embora haja unidades em diferentes momentos de utilização e maturidade, os resultados já são (muito) efetivos.

 

Um dos maiores exemplos é o uso do Advanced Analytics no planejamento da operação acadêmica. Como o maior custo da Kroton é a carga horária docente, é preciso definir qual o melhor conjunto de disciplinas, como agrupá-las, para atender todas as especificidades de alunos de modo a ter mais rentabilidade.

 

E para maior assertividade, a empresa educacional usa dois modelos matemáticos, um preditivo e um de otimização, com evolução deste último motor a cada semestre. “Considerando a demanda que vem dos alunos e todas as restrições, rodamos um modelo matemático que minimiza a carga horária discente de forma a conseguir atender os alunos com o menor custo possível. Temos tido ótimos resultados e é importante frisar que as pessoas e processos são imprescindíveis para a execução do plano”, diz Felipe.

 

O encontro online, com duração aproximada de uma hora, contou ainda com questionamentos de executivos da área de Supply Chain da Pepsico, Danone, Vivo e Bayer.

 

Jornada analítica na sua empresa

No bate-papo foi evidenciada a importância de uma cultura organizacional para que os investimentos em bons sistemas não se percam e realmente tragam resultado. E como é possível superar dois dos principais entraves para sair do preditivo e ir para o prescritivo: a resistência e o entusiasmo das pessoas. Quer saber a resposta? Assista aqui.

 

E você, gostaria de entender qual o nível de maturidade em Analytics da sua empresa? Preencha este questionário e receba gratuitamente da UniSoma uma análise de como sua empresa está posicionada em relação ao mercado.

 

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