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Como saber se o seu processo de planejamento de demanda está com algum tipo de problema? Qual a melhor maneira de identificar a origem deste problema, caso ele exista? Sem indicadores de planejamento de demanda claros, nossa tendência é viver “apagando incêndios” ou operando com custos mais altos que o necessário.

Função crucial de qualquer organização, o planejador de demanda precisa permanecer constantemente vigilante nos índices de vendas, no movimento interno e na velocidade do produto ao longo de toda a cadeia de distribuição. Para ficar à frente da curva, é fundamental acompanhar as métricas corretas, as quais contribuem para reduzir possíveis problemas de planejamento de demanda de maneira proativa.

Ainda assim, um questionamento pode surgir: e se os indicadores demonstrarem não haver nenhum problema impactando em meu processo? Mesmo nestas circunstâncias eles seguem sendo essenciais, uma vez que trazem orientações sobre rotas para melhorar ainda mais a dinâmica operacional, além de contribuir para angariar mais comprometimento entre os agentes envolvidos no planejamento.

O que são indicadores de planejamento demanda?

Indicadores de planejamento demanda são métricas utilizadas para avaliar, direta ou indiretamente, a eficiência de um planejamento de demanda. Eles são importantes por servirem como um guia para os agentes envolvidos e para garantir a possibilidade de melhorar continuamente o processo, executando as mudanças necessárias para direcionar o rumo em busca de mais eficiência.

Importante destacar que existe uma diferença entre planejar a demanda e prever a demanda, ainda que, frequentemente, o mercado considere os dois termos como sinônimos. Neste caso, a intenção é tentar prever o quanto o mercado vai comprar de determinado produto, em uma janela de tempo.

 

Mensuração

Os indicadores utilizados em um processo dependem das especificidades de cada negócio e podem ser relacionados tanto de maneira direta, quanto indireta à acurácia do planejamento. A melhor forma de se medir a performance do planejamento de demanda, no entanto, é com métricas diretas. Enquanto as indiretas devem ser acompanhadas por outros motivos, principalmente financeiros.

Os indicadores diretos correspondem a uma forma direta de medir a acurácia do planejamento de demanda, isto é, medem o erro entre a previsão e a demanda real.

Geralmente, dois indicadores de planejamento de demanda diretos são mais utilizados:

  • MAPE – Mean Absolute Percentage Error, ou Erro Percentual Absoluto Médio: com construção formal definida, este indicador pode ser adaptado dependendo de necessidades específicas do negócio. Por exemplo, em situações em que vale mais a pena ter um estoque maior para garantir o atendimento. Ou quando as mesmas matérias-primas podem ser utilizadas na composição de diferentes produtos, o MAPE pode ser construído de forma diferente. Já em situações nas quais a vida útil das matérias-primas são mais curtas ou o custo de estoque não compensa a garantia de atendimento no prazo, a construção do indicador segue o modelo tradicional.
  • SFB – Sales Forecast Bias, ou Desvio Percentual de Previsão: este é um indicador de viés, que aponta se o planejamento é sistematicamente otimista ou pessimista. Deve ser avaliado com cuidado por conta das questões relacionadas ao impacto da operação no plano proposto. De qualquer forma, é um indicador relevante por fazer o planejador do plano refletir sobre seu otimismo/ pessimismo sistemático.

Como mensurar?

Na prática, a mensuração de indicadores de planejamento de demanda por ser feita até mesmo em uma planilha Excel. O lado ruim desse tipo de abordagem é não ter a governança dos dados e depender de um trabalho operacional muito grande todos os meses.

Diante disso, o ideal é que os dados estejam integrados em banco de dados. Ali é possível montar dashboards em Business Intelligence (BI) ou em páginas da Web que podem ser facilmente acessados por qualquer interessado da companhia, a qualquer momento.

Benefícios

A utilização de indicadores de planejamento de demanda está relacionada a uma atitude proativa de gerenciamento das operações. Isso torna as ações menos reativas e mais estratégicas, além de fomentar o comprometimento dos agentes envolvidos.

A partir do amadurecimento do processo de análise dos indicadores, é comum que iniciem processos de contestação. Com isso, novos indicadores sejam criados para complementar as análises e garantir que a empresa está indo para o rumo certo. Um ciclo virtuoso de aprendizado.

Via de regra, são criados indicadores com efeitos contrários e que precisam ser equilibrados para que um ponto não seja privilegiado em relação a outro. Desta forma, vai se construindo uma visão mais ampla dos impactos das diferentes ações nos resultados da empresa. Observando os números, torna-se possível trilhar caminhos tanto no sentido de manter um desempenho, quanto de mudar.

Solução analítica suportada por Inteligência Artificial

planejamento de demanda reforça a governança e viabiliza a automação nos dados, descomplicando a integração com dados de BI preexistentes na empresa.

Além disso, por meio de uma abordagem de Demanda Colaborativa, é possível envolver e exibir os indicadores não apenas ao planejador responsável, como também os agentes comerciais, ampliando o senso de colaboração e responsabilidade. Todos os envolvidos são expostos de forma natural às informações, contribuindo para o engajamento e método analítico, em detrimento do feeling como orientador de tomada de decisões.

Com as ferramentas de Demanda Colaborativa da UniSoma também é possível criar outros tipos de indicadores que, combinados, auxiliam o agente comercial a dar foco em pontos específicos da colaborações que demandem sua atenção.

*Paola Tame, Desenvolvimento de Soluções

Formada em Estatística pela UNICAMP, trabalha há 15 anos no desenvolvimento de sistema de suporte à decisão. Líder de projetos preditivos na UniSoma, atuou em inicitivas de grandes empresas como ArcelorMittal, Astral Foods, Aurora Alimentos, BRFoods, Embraer, Flora, Furukawa, Kroton, Marfrig, Oji Papeis Especiais, Rede e Tuper.

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