Fechamento Desafio 2018

Em primeiro lugar queremos dizer que o Desafio foi incrível! E foi incrível porque tivemos o engajamento de cada um de vocês, inclusive das equipes que ficaram no meio do caminho.

Para aqueles que seguiram até o final, podemos dizer que foi um trabalho excepcional. Entregar um projeto em menos de dois meses não é para qualquer um.

O nosso objetivo no Desafio sempre foi de prepará-los, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente.

Para se ter uma ideia, no relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 (http://www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs.pdf) foi listada uma série de competências desejáveis para os profissionais até 2020. Acreditamos que o Desafio contribuiu, de alguma forma, para esse crescimento em todos vocês. Tente identificar abaixo a relação desses pontos com as vivências que o Desafio proporcionou:

1. Resolução de Problemas Complexos

Isso mesmo, resolução de problemas complexos é uma habilidade extremamente valorizada no mercado de hoje. Escolher a ferramenta, modelar o problema, entender as necessidades do cliente, são habilidades não triviais e foram amplamente necessárias no decorrer do nosso Desafio.

2.Pensamento Crítico

Algumas das habilidades relacionadas ao conceito de pensamento crítico são: pensamento estruturado, capacidade de comunicação clara, habilidade de fazer as perguntas certas, de reconhecer o problema atrás do problema e de olhar para uma questão sob diferentes perspectivas. Vimos essas habilidades em muitos participantes do Desafio, seja nos checkpoints ou ainda nos questionamentos enviados diretamente por e-mail.

3. Criatividade

O ponto de partida do Desafio é a criatividade, o “pensar fora da caixa”. Todos vocês receberam um problema e seguiram na busca de uma solução inteligente e que atendesse as necessidades do cliente.

4. Capacidade de julgamento e tomada de decisão

Em qualquer projeto é preciso ter foco e definir objetivos, no entanto, como saber se estamos indo no caminho certo? Pois bem, nem sempre é simples, na verdade, na maioria das vezes não é. Ter coragem de tomar decisões e buscar se capacitar (inclusive tecnicamente) foram habilidades necessárias durante todo o Desafio.

5. Flexibilidade Cognitiva

Capacidade extremamente necessária para a construção da ferramenta. Seja na modelagem, seja na montagem dos relatórios, criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar/agrupar as coisas de diferentes maneiras, são ações presentes em nosso tipo de trabalho, portanto, presente durante todo o Desafio.

Além dos itens acima, gostaríamos de ressaltar outros pontos que também permeiam diretamente a nossa rotina, aproveitando para trazer algumas reflexões sobre o comportamento dos participantes. A ideia é explorar mais de perto os desafios dentro do Desafio!

O Desafio UniSoma exigiu diferentes tipos de atividades como, por exemplo, entender o problema e modelar matematicamente, analisar os dados disponíveis e a relação entre eles, desenhar e desenvolver a interface do usuário, produzir relatórios claros e objetivos, criticar as soluções encontradas e finalmente apresentar todo o trabalho realizado.

Uma vez que as demandas são muitas, num período de apenas 45 dias, a divisão do trabalho se faz extremamente necessária. Desta forma, pensar no Desafio envolve o trabalho em equipe.

Por isso mesmo não era permitido a inscrição individual. E para dar conta de tantas competências distintas, o melhor caminho é montar grupos com diferentes habilidades.

A organização e planejamento são itens de extrema relevância. Dividir o trabalho em entregas parciais, pode ser uma ótima saída para não se perder nas atividades x tempo.

E como manter a motivação da equipe? Afinal, é um mês e meio de desenvolvimentos e entregas. O apoio mútuo entre os participantes é essencial. Deixar claro que tudo é importante nesse trabalho: desde a modelagem, a usabilidade das telas, até mesmo a documentação apresentada. Fazer alinhamentos de expectativas e prazos também não podem ser atividades ignoradas pelos membros. Os integrantes do grupo precisam estar em sintonia, focando sempre numa boa comunicação.

No início do Desafio ocorreram várias interações das equipes com a UniSoma. Porém, após essa fase inicial, sentimos falta de mais questionamentos.
Essa baixa nas interações nos causou certa estranheza, pois sabemos que a realidade é outra. Quanto mais se interage, maior é o esclarecimento do que precisa ser tratado e quais as reais necessidades. O contato intenso com o cliente, principalmente na fase inicial, muitas vezes traz à realidade, de que o primeiro entendimento é insuficiente para atender as necessidades dele e, portanto, o que deve conter na solução.

Diante deste comportamento, nos perguntamos: estava tão claro para todos o entendimento total do problema?

As preferências dos voluntários é um bom exemplo sobre esse “entendimento total”. Pouco se questionou sobre qual preferência era melhor, ou o que deveria ser feito caso houvesse conflito entre as elas.

Outro exemplo que podemos citar, é sobre a documentação. Tanto o documento do Modelo Conceitual, quanto o de Requisitos não são algo tão conhecido/difundido. Imaginamos que haveria mais questionamentos e de nossa parte foi intencional não deixar explícito o propósito e a estrutura desses documentos, pois queríamos avaliar as atitudes dos participantes (questionamentos, pesquisas, etc).

A adequação às regras colocadas é outro ponto a ser levantado. Neste caso podemos citar o uso do Excel, que não é software livre. Os participantes deveriam se atentar a isto e caso tivessem dúvidas, poderiam ter nos questionado.

Cabe ressaltar que para a resolução do problema não era necessário que os integrantes dos grupos tivessem conhecimento de matérias relacionadas a área de Otimização e Pesquisa Operacional. Através de diferentes abordagens, é possível resolver o problema. Tivemos grupos que mesmo sem conhecer essas disciplinas, foram atrás, estudaram e conseguiram avançar até a final.

Como já citado acima, o perfil do nosso profissional é de questionar e não somente resolver o problema proposto. Precisamos levantar o problema junto ao cliente que muitas vezes não tem ciência de tudo o que precisa ser “cuidado”. Nossa abordagem investigativa é que garante enxergarmos o que realmente é necessário fazer parte da solução, pois nosso resultado é desenvolver uma ferramenta que gere valor, não só por usar otimização, e sim por ser aderente as reais necessidades dele.

Desde o início nos colocamos disponíveis para quaisquer interações. Sentimos falta de um maior contato dos participantes, trazendo desde questionamentos sobre o problema e desenvolvimento do Desafio, quanto questões sobre o dia-a-dia na UniSoma.

A final é o grande momento para se “vender o peixe”. O objetivo é ganhar o cliente, dando visibilidade a ele de tudo o que foi trabalhado.

No caso do Desafio, o cliente eram os componentes da banca. Portanto, para atender a quem estava avaliando tecnicamente a modelagem, era necessário falar sobre como o problema foi tratado matematicamente. Mostrar a execução do sistema, exibindo as telas e integração dos arquivos, atenderia a curiosidade dos usuários. Por fim, fazer análise dos dados, sejam os de entrada e/ou de saída, atenderia a avaliação dos consultores.

Vários grupos trouxeram coisas bem interessantes, porém nenhum foi capaz de exibir todos itens acima de uma maneira organizada e estruturada, não sendo possível mostrar todo o potencial de suas ferramentas.

Queremos deixar bem claro que não há nenhum julgamento sobre grupos em específico. A ideia é que vocês reflitam sobre os vários pontos colocados, com o foco de extrair aprendizado e não de gerar sofrimento pelos itens não atendidos.
Resiliência também é uma qualidade necessária para o bom profissional em nossa área. Saber lidar com o stress das cobranças, prazos, resultados e expectativas, é por si só um enorme desafio. Se quisermos sair bem neste quesito, precisamos ser positivos, focar nos erros, de maneira negativa, não extrai nenhum valor. Por outro lado, identificar os pontos de melhoria nos movimenta para frente, tendo a certeza que pelo caminho sempre teremos algo a aprender, portanto, não estará perfeito!

Provocações

Considerando toda a leitura até agora, queremos colocar algumas provocações. Essa palavra parece meio forte, né? Poderíamos ter escrito “Reflexões”. É que a ideia é incomodar mesmo, mas aquele incômodo bom, que constrói…

Então, vamos lá!

1. Realmente ocorreu um planejamento para o desenvolvimento e para as entregas?
2. Houve preparação para a apresentação final? Ela foi clara e assertiva, atendendo as necessidades do cliente (banca)?
3. Como foi a comunicação entre os membros do grupo?
4. A equipe possuía as competências necessárias para o trabalho proposto?
5. Houve validação do entendimento feito pelo grupo com o que era esperado pelo cliente?
6. Os questionamentos feitos com a UniSoma/cliente foram suficientes?
7. O problema foi encarado como se já existisse uma solução pronta ou de forma a ser construído com cliente?
8. Foi buscado diferentes maneiras para resolver o problema?

Bem pessoal, acho que já temos bastante material de reflexões e aprendizagens. O objetivo do Desafio é este mesmo, trazer aos participantes os desafios que temos na prática do nosso dia-a-dia. Por mais que possa parecer um trabalho puxado e complexo, tenham certeza que não fazemos isso sozinhos.

Aqui na UniSoma a COLABORAÇÃO é o nosso lema. Além disso, o perfil consultivo também faz com que os clientes se envolvam no projeto. Sendo este então, realizado a quatro mãos (UniSoma + Cliente).

Obrigada pela participação de cada um de vocês, agradecemos de verdade a presença, apoio e dedicação de todos. Esperamos que tenham gostado do Desafio 2018 e queremos revê-los, mais uma vez, em 2019. Até mais!