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Em 2022, o Brasil vive um cenário de escassez de medicamentos. Enquanto governo e empresas buscam encontrar soluções e atender a demanda, a situação se agrava. Além das prateleiras das farmácias escancararem a falta de remédios básicos, como antibióticos e antialérgicos, hospitais e demais unidades de saúde também têm enfrentado dificuldades.

 

Na falta de analgésicos mais usuais (e baratos) como a dipirona, por exemplo, o uso de substâncias mais fortes e custosas gera problemas tanto para as instituições de saúde quanto para os pacientes — que podem acabar sofrendo as consequências do uso de medicamentos mais potentes.

 

A Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) realizou uma pesquisa que comprovou a falta de medicamentos em unidades de saúde. Participaram do estudo 106 estabelecimentos, de hospitais a clínicas particulares e empresas de home care em 13 unidades federativas e no Distrito Federal.

 

Nada menos que 87,6% relataram falta de soro fisiológico para o tratamento dos pacientes. Já a dipirona injetável estava indisponível em mais de 60% dos estabelecimentos pesquisados. E esses são apenas alguns exemplos. As instituições ainda relataram a falta de neostigmina, atropina, soluções para contraste em exames de imagem, metrodinazol, aminofilina e muitos outros fármacos.

 

Neste conteúdo, vamos procurar entender quais são as causas para esse cenário de escassez de medicamentos e mostrar como a inteligência artificial ajuda a superar desafios em meio à crise logística e a outros contextos.

 

Quais variáveis impactam na logística da saúde?

 

Entre as principais variáveis que têm impactado a logística na área da saúde, mais especificamente na distribuição de medicamentos, estão questões relacionadas à sazonalidade (as doenças de inverno no Brasil) e a falta de matéria-prima da China — provocada pelo recente lockdown local — e de outros países, afetados pelos embargos causados pela guerra na Ucrânia.

 

Além disso, em função da alta demanda para determinados medicamentos durante a pandemia, a indústria passou a reduzir ou até mesmo interromper a produção de determinados fármacos — o que tem dificultado o planejamento de demanda por parte dos players do setor.

 

Nesse sentido, o uso de ferramentas analíticas e de inteligência artificial (IA) pode ajudar a reduzir atritos em diversas etapas do processo — seja na armazenagem, nas rotas ou em outros pontos estratégicos da cadeia de suprimentos.

 

De que forma as ferramentas analíticas e de IA podem ajudar? Veja 5 exemplos

 

Fatores externos são sempre difíceis de serem controlados. Ainda assim, os setores que se estruturam com um planejamento otimizado de demanda conseguem sofrer menos impacto quando esse tipo de situação (como a escassez de medicamentos) ocorre, mesmo em períodos críticos.

 

Confira alguns pontos em que as ferramentas analíticas e a inteligência artificial podem ajudar a evitar problemas logísticos.

 

1. Armazenamento inteligente

Um dos fatores que impactam as cadeias logísticas em nível global é, justamente, o baixo volume de itens armazenados em estoque. Essa é uma forma inteligente de evitar desperdícios e reduzir custos. No entanto, é preciso estar atento para que itens essenciais — como medicamentos básicos — não faltem.

 

Usar a inteligência artificial para entender a demanda em cada região, calcular com precisão a quantidade de itens necessários e as melhores rotas para manter todos os players do setor da saúde abastecidos é a melhor forma de evitar prejuízos em momentos críticos. Gestão de estoque com suporte da tecnologia!

 

2. Torres de controle

Torres de controle inteligentes possibilitam às organizações compreender e resolver problemas críticos de supply chain de forma integral, a partir de uma definição de prioridades embasada em dados e em real time.

 

3. Modelagem analítica

As ferramentas de modelagem analítica ajudam no cruzamento de dados, o que permite às organizações simularem cenários e encontrarem saídas mesmo em momentos de crise. Assim, é possível ganhar tempo e resultados mais consistentes — fatores essenciais na cadeia logística da saúde, que lida com vidas humanas.

 

4. Cálculo de rotas

Já mencionado brevemente neste artigo, o cálculo das melhores rotas com suporte de ferramentas analíticas e de inteligência artificial é outro ponto a ser observado com atenção. Embora a principal causa do desabastecimento de medicamentos seja, em muitas situações, a simples falta de insumos, a partir do momento em que eles são disponibilizados, é preciso fazer com que cheguem ao seu destino com a máxima agilidade.

 

Isso precisou ser feito recentemente para a distribuição de vacinas contra a Covid-19. Muitas delas tinham desafios relacionados à temperatura e ao pouco tempo disponível para transporte para que não perdessem a validade, por exemplo.

 

5. Projeção de variáveis

Talvez um dos pontos mais importantes de serem observados de perto em momentos como o atual são as variáveis que podem impactar a cadeia de suprimentos. Com uma pandemia que começou em 2020 e um cenário de guerra que já se arrasta há algum tempo, era possível prever impactos no mercado como um todo, inclusive no setor farmacêutico.

 

As modelagens matemáticas baseadas em Big Data, por exemplo, ajudam a coletar dados e proporcionar análises que podem ser decisivas para vencer períodos desafiadores como o que o setor da saúde vive no momento, com falta de fármacos não apenas no varejo, mas também nos próprios hospitais e demais instituições.

 

A verdade é que desafios logísticos sempre existirão, tanto no setor de saúde quanto em qualquer outro. Ainda que as causas para problemas relacionados à disponibilidade de produtos no mercado mudem, é preciso estar preparado para eventualidades em qualquer situação.

 

A tecnologia já avançou a ponto de permitir que empresas e governos se preparem de forma adequada para enfrentar crises. O uso de ferramentas analíticas e preditivas, de soluções baseadas em inteligência artificial, machine learning e outras tecnologias disponibilizadas por empresas como a UniSoma é o primeiro passo para superar as adversidades impostas pelas diferentes variáveis que surgem a cada dia – inclusive a escassez de medicamentos.

 

E você? Também quer estar preparado para esses e outros desafios que possam surgir? Conheça mais sobre o trabalho da UniSoma: visite o nosso site!

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