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A indústria automotiva global pode alcançar US$ 160 bilhões em ganhos de produtividade ao ano com a adoção de processos de smart factory (fábricas inteligentes) a partir de 2023. E os maiores fabricantes globais de automóveis devem obter um crescimento de 50% nos lucros operacionais após cinco anos da implementação completa da fábrica inteligente. É o que revela o relatório de 2018 da Capgemini “Fábricas Automotivas Inteligentes: colocando fabricantes de veículos automotores na Revolução Industrial Digital”, resultado de pesquisa com mais de 320 fabricantes de automóveis.

 

A velocidade com que a Indústria 4.0 vem transformando os diversos setores da economia é avassaladora e, ainda que grande parte dos fabricantes de automóveis esperem que suas fábricas sejam inteligentes nos próximos 3 ou 4 anos, muitos deles ainda não encontraram o caminho para realizar todo este potencial. Ou ainda não atingiram o estágio de maturidade digital necessário para investir na transformação e apostar nos benefícios de longo prazo.

 

Aproveitamos que este assunto está permeado por novidades e incertezas e conversamos com o colaborador da UniSoma, Mateus Nascimento, que recentemente concluiu um mestrado intitulado “A Indústria 4.0 aplicada à gestão de veículos numa Indústria Brasileira”. Confira abaixo:

 

Indústria 4.0 e Smart Factory

 

Indústria 4.0

O desenvolvimento de novas tecnologias que integram máquinas e humanos, sistemas computacionais colaborativos e a aplicação de conceitos como a Internet das Coisas (IoT), sistemas ciber-físicos (CPS) e Inteligência Artificial (IA) compõem os alicerces da quarta revolução industrial, com a qual se origina a Indústria 4.0. Nela, redes de transmissão de dados, sistemas e processos automatizados, inteligentes e interligados desempenham papel central no funcionamento, tomada de decisão e organização de processos de negócios.

 

Com a Indústria 4.0, emergem os conceitos de arquitetura digital, dados capturados sem ação humana, softwares inteligentes e planejamento automático e iterativo. Como resultado, os sistemas tornam-se mais eficientes, autônomos, flexíveis e os custos de produção tendem a cair. Segundo dados da McKinsey, citados pelo pesquisador em sua tese, estima-se que até 2025 os processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%.

 

Especificamente no setor automotivo, o fenômeno da Indústria 4.0 torna possível, por exemplo, captar dados em tempo real de uma frota de veículos, por meio da utilização de telemetria, IoT e algoritmos inteligentes, para planejar e controlar custos de propriedade, avaliar desempenho mecânico, mitigar impactos ambientais, como a compensação da emissão de carbono, entre outras aplicações. Tudo isso de forma automática, sem qualquer necessidade de interferência ou ação humana, visando tornar mais eficiente o uso de recursos de uma smart factory. Este, inclusive, consistiu no objeto de estudo do Mateus durante seu mestrado.

 

Smart Factory

Neste contexto de Indústria 4.0 outro conceito importante é o de smart factory. Este conceito majoritariamente associado ao processo de manufatura, consiste em sistemas flexíveis e reconfiguráveis, que integram verticalmente a empresa e seus processos de desenvolvimento a uma produção inteligente e automatizada, inclusive com a capacidade de tomar decisões sem interferência humana.

 

Porém, como a smart factory está também diretamente relacionada a utilização de tecnologias como RFID, telemetria, automação, robotização, IoT e sistemas ciber-físicos, acaba não se restringindo apenas ao processo de produção e manufatura, ou seja, pode estar presente de ponta a ponta na cadeia de valor de uma fábrica.

 

O grande potencial da inteligência, no entanto, não reside no software ou na inovação em si, mas no resultado da integração de diferentes tecnologias em busca de otimização de processos. E, principalmente, no cruzamento do enorme volume de dados para a tomada de decisões mais assertivas de planejamento e operação.

 

Inteligência Artificial e Smart Factory

É por isso que estabelecer uma Smart Factory está diretamente relacionado à adoção de soluções de Inteligência Artificial. Para a utilização de tecnologias de captação, armazenamento e integração de dados digitais, é importante que os próprios processos possam, inclusive de maneira automatizada, tomar decisões operacionais e estratégicas a partir desses dados.

 

O que se observa é uma evolução em relação à Inteligência Artificial: “o que outrora servia só como um suporte à decisão humana, vem se tornando cada vez mais robusto, conseguindo trabalhar com mais dados de forma mais rápida e se aperfeiçoando algumas vezes de forma independente à supervisão humana”, explica Mateus.

 

Não há dúvidas de que a adoção de tecnologias de Smart Factory resulta em benefícios em relação à produtividade e autonomia, ao passo em que contribui para que indústrias se tornem mais competitivas em um mercado cada vez mais globalizado.

 

No caso da frota automotiva, toda gestão de eficiência e impactos da utilização dos recursos pode ser feita de forma integrada, responsiva e autônoma, com o objetivo de controlar funções básicas operacionais e dar suporte a decisões estratégicas. Da mesma forma, a sua indústria pode contar com as vantagens de se tornar mais smart, a partir da integração de tecnologias e adoção de ferramentas de Inteligência Artificial impulsionadas por algoritmos de advanced analytics para melhores decisões de negócios. Entre em contato com nossos especialistas para saber como podemos otimizar sua operação e entregar melhores resultados de negócios.

 

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