Em maio de 2025, o Ministério da Educação (MEC) publicou o Decreto nº 12.456/2025, estabelecendo a Nova Política de Educação a Distância (EaD). O prazo de adequação para as instituições é maio de 2027, e até lá todas as instituições de ensino deverão se ajustar. Assim, o novo marco regulatório traz mudanças significativas para o planejamento acadêmico.
Para entender melhor esses impactos, conversamos com Monique Moreno, especialista do setor educacional da UniSoma, que destacou os principais desafios que surgem com a regulamentação e como as instituições podem se preparar para atender às novas exigências, transformando desafios em oportunidades.
Índice
- 1. Principais mudanças do marco regulatório educacional
- 2. O desafio do planejamento acadêmico com o novo marco regulatório
- 3. Três pontos que se destacam no planejamento acadêmico
- 4. Como os modelos matemáticos transformam o planejamento acadêmico
- 5. Os benefícios da otimização matemática no marco regulatório e no planejamento acadêmico
- 6. Como a UniSoma apoia instituições no marco regulatório e planejamento acadêmico
Principais mudanças do marco regulatório educacional
A Nova Política de Educação a Distância foi criada com o objetivo de elevar a qualidade do ensino, fortalecer a interação entre alunos e professores e aumentar a fiscalização pelo MEC (Ministério da Educação). Se antes as instituições podiam planejar suas ofertas de disciplinas EAD sem necessidade de planejamento de dia, horário e docente, agora elas enfrentam novas exigências.
Entre as principais mudanças, estão:
Além disso, cursos como Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia precisam ser exclusivamente presenciais, enquanto cursos semipresenciais recebem regulamentação formal. O prazo para adequação é maio de 2027, criando um período de transição em que modelos antigos e novos coexistem.
Portanto, até lá, as instituições terão que se adequar – e isso torna o planejamento acadêmico mais complexo.
O desafio do planejamento acadêmico com o novo marco regulatório
O planejamento acadêmico atua de forma abrangente em diversas etapas:sugere as disciplinas a serem ofertadas em cada semestre, de acordo com as necessidades acadêmicas dos alunos; aloca as turmas nas unidades por meio do Timetable; e realiza as matrículas, respeitando as regras de negócio específicas de cada cliente, bem como os recursos e custos envolvidos.
Com o novo marco, esse processo se torna ainda mais complexo e estratégico. “Antes, o aluno podia acessar todo o conteúdo a qualquer momento, mas agora temos que planejar dia, horário e docente para os momentos síncronos. É uma mudança de paradigma no planejamento acadêmico EAD”, explica Monique.
E os desafios atingem instituições de todos os portes, desde universidades com milhares de alunos até faculdades menores com oferta restrita de EaD. As instituições precisarão alinhar a partir de agora:
E a complexidade aumenta porque, até 2027, as instituições terão que lidar com dois modelos coexistindo: alunos antigos continuam no formato 100% EaD, enquanto os novos já entram no modelo híbrido. Nesse cenário, três pontos se destacam como os principais desafios do planejamento acadêmico:
Três pontos que se destacam no planejamento acadêmico
1) Planejamento individualizado
Segundo Monique, será necessário olhar aluno por aluno, já que cada matrícula deve atingir a meta de 20% de presencialidade. Isso envolve definir quais disciplinas serão presenciais, organizar horários e alocar docentes/mediadores. Essa abordagem na matrícula vai garantir que cada estudante consiga cumprir as exigências da nova regulamentação sem comprometer sua trajetória acadêmica.
2) Matriz curricular
A adequação das matrizes acadêmicas passa a ser estratégica. A instituição de ensino poderá decidir se os 20% de presencialidade serão distribuídos em disciplinas-chave, em todas as disciplinas ou concentrados em estágios e TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso). Essa decisão impacta diretamente custos, logística e a experiência do aluno.
3) Infraestrutura
O decreto também reforça a necessidade de infraestrutura mínima em polos EaD. Muitos polos ainda não possuem salas, laboratórios ou bibliotecas adequados. “O desafio logístico é real, mas no curto prazo o foco das instituições não é a infraestrutura física, e sim garantir que os professores/mediadores estejam disponíveis para os encontros síncronos ou presenciais. Laboratórios ou bibliotecas podem ser considerados conforme viabilidade financeira”, explica Monique.
Esse aumento de variáveis — dia, horário, docente, disciplina e presencialidade — torna a operação altamente complexa, especialmente em instituições maiores que precisam otimizar recursos sem perder qualidade. É nesse ponto que os modelos matemáticos de otimização surgem como uma ferramenta estratégica.
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Como os modelos matemáticos transformam o planejamento acadêmico
Os modelos matemáticos permitem uma otimização no planejamento acadêmico, tornando-o mais eficiente e preciso. No timetable (grade de horários), por exemplo, eles pode considerar:
Por exemplo, em um curso de Administração com 300 alunos, os modelos conseguem distribuir aulas obrigatórias minimizando conflitos, garantindo 20% de presencialidade sem sobrecarga de professores e olhando para o controle de custos da instituição.
Além disso, as soluções da UniSoma apoiam o planejamento individualizado e a enturmação, analisando histórico de matrícula, demanda reprimida, taxa de evasão e aprovação. Dessa forma, é possível estimar o número ideal de turmas e vagas, equilibrando custos e qualidade, e garantir que cada aluno atinja a meta designada pela nova diretriz – sem sobrecarga de docentes ou infraestrutura.
Os benefícios da otimização matemática no marco regulatório e no planejamento acadêmico
O novo marco regulatório da EaD representa um avanço na educação a distância, mas exige um planejamento muito mais refinado. Instituições que conseguirem transformar essas exigências em vantagem competitiva terão ganhos em:
Como a UniSoma apoia instituições no marco regulatório e planejamento acadêmico

Com mais de 40 anos de experiência em soluções de inteligência artificial, a UniSoma atende hoje os principais players do setor educacional. Acompanhando o mercado, a empresa vem atuando nesse ponto de convergência entre complexidade regulatória e necessidade de eficiência acadêmica.
Nosso serviço de planejamento acadêmico transforma essas exigências em oportunidades estratégicas, oferecendo:
Conformidade regulatória inteligente
Modelos analíticos garantem que o planejamento da instituição esteja em total aderência ao novo marco, sem desperdícios de recursos.
Otimização da oferta acadêmica
Alocação eficiente de salas, polos e professores para equilibrar turmas, reduzir custos e melhorar a taxa de ocupação.
Planejamento de infraestrutura e polos EaD
Simulações que orientam a melhor localização, expansão ou compartilhamento de polos, de acordo com o perfil da demanda.
Flexibilidade estratégica
Capacidade de testar cenários “e se?” (what-if), permitindo ajustar rapidamente a operação diante de mudanças regulatórias.
O segredo está em encarar a complexidade não como um obstáculo, mas como oportunidade de entregar qualidade superior. Com o novo marco regulatório, o planejamento acadêmico se torna um diferencial estratégico. Instituições que se anteciparem terão vantagem competitiva, e a UniSoma está preparada para apoiar esse movimento.
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Perguntas Frequentes
O decreto nº 12.456/2025 trouxe novas regras para a EaD, com mais presencialidade, maior fiscalização e exigência de infraestrutura mínima.
20% de presencialidade obrigatória, avaliações presenciais em todas as disciplinas, controle individual de matrículas, exigência de polos estruturados e criação da função de mediador pedagógico.
O planejamento passa a incluir dia, horário e docente dos encontros síncronos, além de garantir que cada aluno cumpra sua carga presencial.
Matrícula individualizada, revisão da matriz curricular e adequação da infraestrutura dos polos EaD.
Eles otimizam grades de horários, turmas e infraestrutura, reduzindo custos e aumentando eficiência.
A UniSoma oferece soluções analíticas para garantir conformidade, otimizar oferta acadêmica e planejar infraestrutura, ajudando instituições a se adaptarem até 2027.
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